segunda-feira, 26 de junho de 2017

DANÇAS E FESTAS JUNINAS TOMAM CONTA DA CIDADE

O final de semana foi intenso em atividades culturais em Guaçuí, pois foi marcado pelas comemorações do dia de São João, normalmente uma ocasião em que ocorrer inúmeras festas juninas, principalmente em escolas e comunidade. Assim ocorreu no Colégio São Geraldo e também na Escola Israel, com muita música, comidas e bebidas típicas, e as tradicionais quadrilhas e danças. Sem dúvida, o colorido das roupas e das bandeirinhas aqueceram a tarde e a noite de São João.
O surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João. Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Com certeza no próximo final de semana haverá mais festas com muita música, dança, animação, bandeirinhas e fogueira, e entre elas o tradicional “arraiá” do Cemei Zélia Viana de Aguiar, o antigo Jardim de Infância, no domingo, que sempre movimenta a comunidade guaçuiense e as tardes e noites frias do inverno.



REALIZADO O I FESTIVAL DE DANÇA DE GUAÇUÍ
O sábado de São João ainda foi de muita dança, pois o Ballet Rick Reis realizou o 1º Festival de Dança de Guaçuí, reunindo 37 coreografias, vindas de diversas partes do Estado, tais como Castelo, Vitória, Colatina, Cachoeiro e Guaçuí; e de outros estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Nos mais variados estilos e também idade dos bailarinos, teve espaço para o clássico, o jazz, o contemporâneo, o hip hop, a gafieira, a dança de salão e a dança do ventre, provando a possibilidade de um festival ainda maior no ano que vem, abrindo assim caminhos para outro grande evento cultural na cidade.
Entre as boas atrações do 1º Festival de Dança de Guaçuí, foi a presença do bailarino Marciano Silva dos Santos, que já passou por importantes companhias capixabas, e hoje atua e trabalha nos Estados Unidos. O bailarino ministrou um 
workshop no sábado pela manhã e promete que no ano que vem volta para outra edição. Vamos esperar!

BALÉ DA ILHA ENCANTA PLATEIA GUAÇUIENSE
Também vale registro nesta coluna a bela apresentação do espetáculo de dança “Teoria Geral da Fossa”, apresentado no dia 25 de junho, no Teatro Fernando Torres, competindo com diversas festas juninas espalhadas peça cidade. Em 50 minutos de dança, fragmentos de várias crônicas de Carmélia Maria de Souza, escritora capixaba, foram apresentados em cena, num excelente trabalho de cinco bailarinos. A Cia Balé da Ilha, de Vitória, fez um trabalho primoroso e encantou, arrebatando calorosos aplausos do público ao final.
Entre os bailarinos da Cia Balé da Ilha, estava Patrícia Miranda, bisneta de Abigail e Wenceslau Miranda, possivelmente os primeiros proprietários da Pharmácia Espírito Santo, que funcionava debaixo do Hotel Minas Gerais. Antes de a apresentação acontecer, a bailarina quis visitar os locais onde funcionava o comércio da família e ainda a antiga casa dos avós, na Avenida Francisco Lacerda de Aguiar.


O Balé da Ilha ainda ministrou oficina de corpo para alunos do Ponto de Cultura Guaçuí Em Cena.

terça-feira, 20 de junho de 2017

O passado e o presente de um Teatro Municipal




Em 30 de junho de 2000 aconteceu a inauguração do Teatro Municipal de Guaçuí, numa justa homenagem ao grande ator Fernando Torres, filho deste município. Na ocasião, além do homenageado, esteve presente sua esposa Fernanda Montenegro que se confessou encantada com a casa de espetáculos, uma das melhores do Espírito Santo devido a sua qualidade acústica e seu palco capaz de receber bons espetáculos teatrais. Sua primeira atração foi a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo para uma plateia de mais de 300 pessoas, entre guaçuienses e visitantes. Foi um momento inesquecível, tanto por receber o ilustre homenageado quanto por ter a primeira grande dama do teatro nacional em nossas terras.
A trajetória do Teatro Municipal Fernando Torres teve, como qualquer outra casa de espetáculos, seus altos e baixos. Teve casas lotadas para ver espetáculos como “Violetas na janela”, com a atriz Ana Rosa; “Confissões de adolescentes”, grande sucesso no eixo Rio-São Paulo; “Aonde está você agora”, com jovens atores como Luciano Viana, Bruno Gradim, Iran Malfitano”; a shows de humor como Luis Salém, Ary Toledo e Juca Chaves, entre tantos outros.
Um palco para a dança e música
Foi palco de dança para grandes companhias capixabas como o Balé da Ilha, Cia Mitzi Marzutti, Negraô, Cia Homem de Dança, Cia Urgente de Dança e Teatro, além de muitas outras que até fica enumerar, porém é palco sempre do Balé Rick Reis, que já foi Balé Guaçuí e também Balé da Movimento Academia, e todos são unânimes em elogiar o grande palco do teatro guaçuiense. E, a propósito, neste domingo tem espetáculo: “Teoria Geral da Fossa”, de Vitória, às 17 horas.
Na música essa relação também não é diferente. Grandes shows estaduais já passaram por nossa cidade, e fizeram boas apresentações no Fernando Torres. Muitos vieram pelo Projeto de Circulação Cultural do Governo do Estado do Espírito Santo, numa forma de incentivar muitos talentos capixabas, e principalmente favorecer o acesso a cultura à população do interior. Bandas guaçuienses também tiveram vez nessa trajetória, tais como a Retrô, os músicos Thiago e Lucas Arruda, sem esquecer a Lira Santa Cecília e o projeto musical de Celso Montoni. O palco do teatro e democrático, e bandas evangélicas, católicas e estudantis também tiveram vez. Os shows nacionais não foram frequentes, isso se deve ao tamanho do teatro, mas Paulinho Pedra Azul e Xangai trouxeram seu belo canto para alegria de poucos.
O Festival Nacional de Teatro
Sem dúvida, o grande chamariz do Teatro Fernando Torres é o Festival Nacional de Teatro que atrai o seu maior público e este ano acontece de 13 a 19 de agosto. É uma semana de apresentações, em dois ou três horários por dia, com atores e técnicos de várias partes do Brasil, contemplando o sudeste, o nordeste, o sul e o norte do país. Pelo festival já passaram grandes estrelas, em início de carreira ou já consolidados, como David Lucas, Raoni Carneiro, Mayana Neiva, Erike Busoni (prêmio Shell de iluminação), só para citar alguns.
Companhias com trajetórias premiadas, inclusive com temporadas no exterior, e outras com pouco tempo de estrada, porém com trabalhos de intensas pesquisas, fizeram e fazem do Teatro Fernando Torres um ponto de referência no teatro brasileiro, e o seu palco faz de Guaçuí, na época da realização do festival, “a capital capixaba das artes cênicas”. Se não houvesse o Teatro Fernando Torres, isso não seria possível.
Os seus dias mais tristes é quando se vê uma plateia com poucas pessoas, mostrando uma população cada vez mais distante das artes e da cultura. Porém, a lição da “Fênix”, em renascer das cinzas, faz com que a cada segunda-feira seja preciso reunir novamente as forças e insistir que no próximo final de semana será melhor. É preciso crer sempre nisso.

terça-feira, 6 de junho de 2017

UMA SEMANA DE COM ÓPERA E VÍDEOS AMBIENTAIS

Os 18 anos do Teatro Municipal Fernando Torres começam a ser comemorados com ópera, no dia 10 de junho, às 20 horas, com entrada franca, dentro do Projeto de Circulação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo.  “O Telefone” narra a história de Bem (barítono), que tendo um presente, vem visitar Lucy (soprano) em seu apartamento, ele quer pedir sua mão em casamento antes que ele parta em uma viagem. Apesar de suas tentativas para chamar sua atenção o tempo todo, não é suficiente para fazer a sua pergunta, pois Lucy está ocupada com conversas intermináveis ao telefone celular. Entre suas chamadas, quando Lucy sai da sala, Ben ainda tenta destruir o aparelho de celular - sem sucesso, restando apenas uma tentativa de comunicar o seu pedido.
A montagem, dirigida por Janette Dornellas, explora a influência direta que as comédias francesas e operetas exerceram sobre nosso teatro na segunda metade do século XX. O roteiro musical incorpora árias e recitativos da ópera traduzidos para o português, numa versão contemporânea.
O Telefone é, acima de tudo, um espetáculo leve, ligeiro, gaiato e bem-humorado. Mas é, principalmente, com a experiente e consagrada dupla de atores-cantores e com toda a malícia e frescor de seu jogo de cena, que essa pequena joia de Menotti vem tocando o coração das plateias por onde passa.
ESCOLA ANTÔNIO CARNEIRO VENCE MOSTRA DE VÍDEO
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Antônio Carneiro Ribeiro”, de Guaçuí, Região do Caparaó, foi a grande vencedora da cerimônia de premiação da V Mostra de Vídeos  - Curtas Tema Ambiental, realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guaçuí, realizada no dia 1º de junho, no Teatro Municipal  Fernando Torres. O vídeo produzido com participação de alunos de ensino fundamental e médio recebeu três prêmios, sendo de roteiro original, fotografia e melhor curta.
A mostra, que ocorre desde o ano de 2013, contou com a participação de escolas das redes municipal, estadual e privada, sendo sete curtas participantes, todos com o tema escolhido para este ano - “Mata Atlântica” - e tem como objetivo apresentar temas relacionados a questões ambientais numa abordagem de situações vivenciadas no cotidiano da população em geral. Para isso, há oficinas de roteiro e preparação técnica, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, além de ensaios diversos para a filmagem dos curtas nas escolas.
O curta premiado da Escola “Antônio Carneiro Ribeiro” - O Coração da Floresta – teve o roteiro produzido pelos alunos do Curso Técnico Integrado: Kaio Sarafim e Maria Eduarda Mercúrio, ambos do terceiro ano, e fala de forma lúdica da necessidade de formar “guardiões da floresta” para defender a Mata Atlântica, e para isso recorre à narrativa de um jovem que tem seu destino mudado a partir de um encontro com figuras místicas da mata.

PREMIAÇÃO COM O GOVERNADOR DO ESTADO
Alunos e professores participaram nesta segunda feira, dia 05 de junho, às 10 horas da manhã, de uma segunda premiação da Mostra, no Teatro Municipal Fernando Torres, desta vez com a presença do Governador Paulo Hartung, quando o mesmo esteve em Guaçuí para assistir aos curtas premiados produzidos pelas escolas do município, entre outros assuntos de sua agenda na cidade.

Outros curtas premiados foram das escolas Deocleciano de Oliveira, São Geraldo e Escola Viva, em categorias como adequação ao tema, especial do júri, edição, roteiro adaptado. E, a propósito, os curtas estão sendo exibidos para escolas durante a semana, no Teatro Municipal. Vale a pena conferir o trabalho dos estudantes guaçuienses.