O
final de semana foi intenso em atividades culturais em Guaçuí, pois foi marcado
pelas comemorações do dia de São João, normalmente uma ocasião em que ocorrer
inúmeras festas juninas, principalmente em escolas e comunidade. Assim ocorreu
no Colégio São Geraldo e também na Escola Israel, com muita música, comidas e
bebidas típicas, e as tradicionais quadrilhas e danças. Sem dúvida, o colorido
das roupas e das bandeirinhas aqueceram a tarde e a noite de São João.
O surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano,
como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas
colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas
comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João. Essas festas eram conhecidas
como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de
Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas,
purificando-as para a vinda de Jesus.
Com certeza no próximo final de semana haverá mais festas com
muita música, dança, animação, bandeirinhas e fogueira, e entre elas o
tradicional “arraiá” do Cemei Zélia Viana de Aguiar, o antigo Jardim de
Infância, no domingo, que sempre movimenta a comunidade guaçuiense e as tardes
e noites frias do inverno.
REALIZADO O
I FESTIVAL DE DANÇA DE GUAÇUÍ
O sábado de São João ainda foi de muita dança, pois o Ballet Rick
Reis realizou o 1º Festival de Dança de
Guaçuí, reunindo 37 coreografias, vindas de diversas partes do Estado, tais
como Castelo, Vitória, Colatina, Cachoeiro e Guaçuí; e de outros estados como
Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Nos mais variados estilos e também idade dos bailarinos, teve
espaço para o clássico, o jazz, o contemporâneo, o hip hop, a gafieira, a dança
de salão e a dança do ventre, provando a possibilidade de um festival ainda
maior no ano que vem, abrindo assim caminhos para outro grande evento cultural
na cidade.
Entre as boas atrações do 1º Festival de Dança de Guaçuí, foi a
presença do bailarino Marciano Silva dos Santos, que já passou por importantes
companhias capixabas, e hoje atua e trabalha nos Estados Unidos. O bailarino
ministrou um
workshop no sábado pela manhã e promete que no ano que vem volta
para outra edição. Vamos esperar!
BALÉ DA ILHA
ENCANTA PLATEIA GUAÇUIENSE
Também vale registro nesta coluna a bela apresentação do
espetáculo de dança “Teoria Geral da
Fossa”, apresentado no dia 25 de junho, no Teatro Fernando Torres,
competindo com diversas festas juninas espalhadas peça cidade. Em 50 minutos de
dança, fragmentos de várias crônicas de Carmélia Maria de Souza, escritora
capixaba, foram apresentados em cena, num excelente trabalho de cinco
bailarinos. A Cia Balé da Ilha, de Vitória, fez um trabalho primoroso e
encantou, arrebatando calorosos aplausos do público ao final.
Entre os bailarinos da Cia Balé da Ilha, estava Patrícia Miranda,
bisneta de Abigail e Wenceslau Miranda, possivelmente os primeiros
proprietários da Pharmácia Espírito Santo, que funcionava debaixo do Hotel
Minas Gerais. Antes de a apresentação acontecer, a bailarina quis visitar os
locais onde funcionava o comércio da família e ainda a antiga casa dos avós, na
Avenida Francisco Lacerda de Aguiar.
O
Balé da Ilha ainda ministrou oficina de corpo para alunos do Ponto de Cultura
Guaçuí Em Cena.