segunda-feira, 27 de agosto de 2018

MOXUARA E DANÇA CONTEMPORÂNEA EM GUAÇUÍ


Dois grandes espetáculos serão apresentados no final de semana em Guaçuí, dentro do projeto de Circulação Cultural do Estado. Trata-se de “Moxuara In Concert” e “Poison”, um de música e outro de dança contemporânea. Enfim, uma programação gratuita e que merece atenção do público guaçuiense e região.
Moxuara In Concert em Guaçuí
Os sucessos que marcam os 27 anos de carreira do Grupo Moxuara vão conduzir o show “Moxuara In Concert”.  no dia 31 de agosto, em Guaçuí. O espetáculo musical será apresentado no palco do Teatro Municipal Fernando Torres, às 20 horas, com uma mistura de sons e ritmos que unem o requinte da música clássica à música popular regional.

“Vamos levar para Guacuí e para a Região do Caparaó, onde temos um público muito cativo, os sucessos dos nossos 27 anos de carreira. O show “Moxuara In Concert” é uma junção da música popular regional com a música clássica. Traz um repertório intimista e sensível com pitadas de música percussiva ao som das flautas bolivianas”, enfatiza Flávio Vezzoni, vocalista do grupo.
O Grupo Moxuara nasceu no inverno de 1991, em Cariacica, Espírito Santo. Em sua essência, estão músicas que abordam a beleza da natureza cantada em versos, a vida urbana e suas relações intrínsecas com o homem do campo. Suas melodias, ritmos e arranjos têm forte influência da música popular, erudita e regional, os ritmos afro-brasileiros, instrumentos alternativos e expressões regionais da linguagem popular.

Dança contemporânea no Teatro Fernando Torres
Espetáculo de dança contemporânea “Poison”, inspirado no livro "Eu, Maria Nilce",  será apresentado neste sábado, 1º de setembro, no  Teatro Municipal Fernando Torres, em Guaçuí.  Uma mulher a frente do seu tempo: assim pode ser retratada a colunista social Maria Nilce Magalhães, assassinada em Vitória no dia 5 de julho de 1989. E trechos da história jornalista, incluindo a sua morte, serão apresentados neste espetáculo com entrada franca.
O espetáculo é um mergulho no passado da jornalista através da dança, que escancara aos olhos do espectador a vida como ela é, com erros, acertos, beleza e violência, tal como foi a vida dessa mulher. "Fomos em busca de detalhes e ficamos totalmente encantados com a ousadia dela, que teve uma presença marcante na sociedade capixaba", declara o produtor cultural Artênio Dutra, idealizador de Poison. “Nossa meta é mostrar ao público o furacão que foi esta mulher de coragem, uma figura realmente peculiar", afirma Artênio Dutra.

Oficina de dança
No dia da apresentação de “Poison”, às 16 horas, a bailarina e bacharel em dança Eliane Miranda vai ministrar, gratuitamente, uma oficina de dança contemporânea voltada para alunos de escolas de dança, professores e alunos de escolas do Ensino Médio. Os interessados devem se inscrever na hora no Balé Rick Reis, na Casa de Veneranda, em Guaçuí.

sábado, 25 de agosto de 2018

UM FESTIVAL PARA SER LEMBRADO

Em comemoração aos seus 35 anos de criação, o Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira promoveu a realização do 19º Festival Nacional de Teatro de Guaçuí, no período de 12 a 19 de agosto, uma ação que contou com recursos da Prefeitura Municipal, editais do Funcultura, Banestes e comércio local.
A abertura se deu com a Cia Mitzi Marzzutti com seu espetáculo de dança que faz uma reflexão sobre a questão dos imigrantes, principalmente os da Síria. Em seguida começaram as mostras competitivas, e o primeiro espetáculo teatral apresentado foi  "O menino que brincava de ser", do Rio de Janeiro, vencedor na categoria infantil. Nesse mesmo dia foram apresentados os trabalhos "Mareia meu candear", de Ubá-MG; e "Naquela estação", de Brasília.
Os grandes vencedores
A terça feira do festival foi destinada aos trabalhos de São Paulo e do Espírito Santo. Na rua apresentou-se a peça "Super Tosco", com diversos números de circo. Já no Teatro Fernando Torres as peças apresentadas foram "O quintal de histórias" e o premiadíssimo "O cortiço dos anjos", vencedor na categoria palco adulto deste ano.
A quarta feira começou com o espetáculo que venceria na categoria teatro de rua: "Vikings e o reino saqueado", de Londrina - PR. A peça contou a saga dos vikings e fez uma importante crítica social sobre o que vem acontecendo em nosso país. Já no período da tarde, o palco do teatro foi ocupado pelas peças "A menina que queria ser estrela", de Cachoeiro de Itapemirim, e "Um solo para três palhaços", de Jundiaí  SP. Outro espetáculo deste dia foi "Emily", na Praça da Matriz, também de Cachoeiro.
O circo novamente tomou conta dos espaços teatrais com a encenação de "Rei Mídias", no Teatro, de São Paulo; e depois "Encontro", na Praça João Acacinho, também de São Paulo. Já a noite foi da companhia "Arroto Cênico", com seu expressivo "Francisca, uma casa enlutada".
A preferência do público
Com uma sexta feira com tendência a chuva e ela não deixou de cair, somente dois espetáculos foram apresentados, ambos preferidos pelo júri popular: "Feio, o musical do patinho", de Mauá - SP; e "Um minuto para dizer que te amo", de Tocantins. As companhias Artemis e Artpalco levaram para suas respectivas cidades a preferência do público de Guaçuí e região. Já a peça da peça que seria apresentada na rua foi transferida para o Teatro Fernando Torres, no sábado à noite.
Com as premiações já definidas, o sábado e o domingo foram reservados para os coletivos convidados. A tarde, o coletivo Guaçuí em Cena apresentou o seu espetáculo "O menino que virou história", com bons momentos de humor e talento.  Em seguida, já à noite, o Grupo Vira-Latas encenou "Quixotinadas", um mítico encontro entre Lampião e Quixote. O encerramento foi com a solenidade de premiação do festival.
Foi um grande encontro do teatro brasileiro, com muitas trocas de informações, bons espetáculos, grandes reflexões e sobretudo uma possibilidade enorme de disseminação de saberes com oficinas, debates, exposições e abordagens profundas nas peças. Que venha a 20ª edição.