O
ano novo começou com muitas atividades teatrais do Gota e também no Teatro
Fernando Torres. O calor da estação se juntou ao calor das apresentações,
mexendo com a programação cultural que envolve os guaçuienses.
Começamos
o ano, em janeiro, apresentando em Piúma os espetáculos “A roupa nova do imperador”, “A
árvore que fugiu do quintal”, “Bumba
meu boi” e “A saga amorosa dos
amantes Píramo e Tisbe”. O público, entre turistas e nativos, deliciou-se
com as histórias e, na primeira rodada do chapéu, uma tradição do teatro de
rua, veio o reconhecimento do trabalho, pena que nas apresentações seguintes
isso não mais pode ocorrer, visto que o ato de passar o chapéu não foi bem
aceito por algumas lideranças daquela cidade, e como obedece quem tem juízo...
a cena não mais se repetiu.
Em
fevereiro esperamos pelo carnaval. Já que o interior perdeu muito com essa
tradição popular, o jeito foi buscar outras possibilidades e nada melhor do que
a praia. Metade em Guaçuí, metade do
período em Vila Velha. Lá também não houve carnaval como antigamente, mas olhar
a beleza das praias de Itapuã e da Costa enche nossos olhos, e relaxa nossa
mente. Mal sabiam os usuários dos locais que no mês seguinte, elas seriam
interditadas por não estarem próprias para banho.
Sobre
o carnaval, em Guaçuí ou qualquer outra cidade, é preciso reformular. Buscar
outra forma para atrair os turistas para essa região. Quer seja em maior
segurança, maior atrativo, mais divulgação e maior qualidade. Vai ser preciso
reinventar essa festa popular por aqui, a fim de renascer das cinzas. Não será
preciso reeditar escolas de samba que já não mais existem, mas talvez investir
em blocos, concursos de fantasias, bandas tocando mais cedo nas praças,
trazendo de volta as famílias. E pensar num diferencial... mas qual?
De
volta ao trabalho, o Teatro Fernando Torres abriu sua temporada com um Sarau
Beneficente em prol do Hospital Infantil de Cachoeiro. O jovem Charles Nalim
promoveu o evento com rock, MPB, rap e dança. Os artistas deram sua
contribuição cultural e artística, pena que o público foi menos que o esperado.
Arrecadaram-se poucos pacotes de fraldas, no entanto valeu a intenção do jovem
produtor que meio frustrado ainda acredita nos seus sonhos.
E
para atualizar todo esse movimento cultural, março chegou e Guaçuí recebeu já dois
espetáculos teatrais: A menina cão e
A culpa. O primeiro,
infanto-juvenil, veio com apoio do Estado e da Prefeitura de Guaçuí,
transportando dos livros para o palco as memórias de uma menina, supostamente a
autora Lorena Lima. Em quatro apresentações, encantou o público.
Já A Culpa, do ator Luiz Carlos Cardoso,
tem algo de visceral e questiona a relação de pai e filho. O texto de Franz
Kafka despertou a reflexão dos alunos do ensino médio e pré-enem presentes a
uma sessão especial, acontecida no dia 10 de março, antecipando as comemorações
do Dia do Teatro. Essa reestréia certamente virou comentário entre esses jovens,
fugindo do seu universo digital.
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