Conforme diz Albert Camus, “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade,
por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a
criação autêntica é um dom para o futuro”, e assim começamos setembro,
levando cultura à população de nossa cidade, procurando minimizar “a selva
solitária” que se instalou a partir do distanciamento real entre as pessoas,
agora mais sintonizadas no mundo virtual. São os efeitos da tecnologia!
Teatro e
Música na II Feira de Negócios
A convite da Associação Comercial, Industrial e de
Serviços (Acisg), o Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira se apresentou na II Feira
de Negócios de Guaçuí com os espetáculos “A
saga amorosa dos amantes Píramo e Tisbe” e “A estória do homem que vendeu sua alma e quase perdeu o seu amor”,
sendo ambas com influência do diretor Romualdo Freitas, atualmente no Acre, que
dirigiu a primeira montagem e cedeu o texto da segunda. Ambas trabalham com
linguagem popular e no ritmo da comédia, agradando ao público que se fez
presente à área de alimentação da Feira.
Nesses trabalhos, feitos exclusivamente para apresentação
em praças e ruas, há referências de nossa cidade, uma das marcas que o Grupo
Gota leva para seus espetáculos, principalmente quando apresenta fora do
município. Em “A saga amorosa”, o elenco canta um trecho do Hino de Guaçuí,
escrito por Antônio Carneiro Ribeiro
e musicado por Célia Ferraz; na
outra montagem “A estória do homem”, a direção incorporou ao texto a figura de
São Miguel Arcanjo, o padroeiro da cidade, para resolver o impasse de Severo e
Belzebu. Mesmo que nem todos assistiram até o final aos espetáculos, com
certeza viram um pouco da cultura local em cena.
A Feira de Negócios contou também com muitos shows
musicais locais que fizeram com que as noites de 06 a 10 de setembro fossem bem
mais agradáveis. O público cantou junto, dançou e curtiu a grande mistura de
ritmo que foi de anos 80 até às baladas sertanejas de hoje, algumas delas
consorciadas ao funk. E como diz outro famoso escritor, desta vez Fernando
Pessoa, “Tudo vale a pena se a alma não é pequena!”.
Contação de
histórias no Ponto de Cultura
Cerca de 13 alunos das oficinas de teatro do Ponto de Cultura “Guaçuí Em Cena”,
estarão finalizando as aulas de contação de história ministrada pela professora
e atriz Eliane Correia. Há cerca de
um mês, com duas aulas semanais, a contadora está produzindo duas narrativas
com seus alunos e encerra nesta sexta-feira, dia 15, às 19 horas, com
apresentações no Teatro Fernando Torres. Uma das histórias escolhida foi “A
menina e a figueira”, apresentada na série “Hoje é dia de Maria”, com grande sucesso.
Encerrando esse módulo, os alunos entram na fase
final do projeto apoiado pelo edital nº 002 da Secretaria de Estado da Cultura
(Secult-ES), de diversidade cultural, e montarão o espetáculo “A tempestade”, de William Shakespeare.
O módulo que os novos atores terão acesso será de prática de montagem, com
encerramento previsto para o dia 31 de outubro.
A história de
Guaçuí em cena
Antes da estreia de “A tempestade”, vários alunos do
Ponto de Cultura “Guaçuí Em Cena” estarão na montagem “O Auto de Guaçuí” que tem a proposta de contar cerca de 200 anos da
história do município, desde de a chegada dos primeiros colonizadores e seu
encontro com o índios puri. A primeira apresentação será no dia 22 de setembro,
numa prévia da festa da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário