Em comemoração aos seus 35 anos de criação, o Grupo Teatral
Gota, Pó e Poeira promoveu a realização do 19º Festival Nacional de Teatro de
Guaçuí, no período de 12 a 19 de agosto, uma ação que contou com recursos da
Prefeitura Municipal, editais do Funcultura, Banestes e comércio local.
A abertura se deu com a Cia Mitzi Marzzutti com seu
espetáculo de dança que faz uma reflexão sobre a questão dos imigrantes,
principalmente os da Síria. Em seguida começaram as mostras competitivas, e o
primeiro espetáculo teatral apresentado foi
"O menino que brincava de ser", do Rio de Janeiro, vencedor na
categoria infantil. Nesse mesmo dia foram apresentados os trabalhos
"Mareia meu candear", de Ubá-MG; e "Naquela estação", de
Brasília.
A terça feira do festival foi destinada aos trabalhos de São
Paulo e do Espírito Santo. Na rua apresentou-se a peça "Super Tosco",
com diversos números de circo. Já no Teatro Fernando Torres as peças
apresentadas foram "O quintal de histórias" e o premiadíssimo "O
cortiço dos anjos", vencedor na categoria palco adulto deste ano.
A quarta feira começou com o espetáculo que venceria na
categoria teatro de rua: "Vikings e o reino saqueado", de Londrina -
PR. A peça contou a saga dos vikings e fez uma importante crítica social sobre
o que vem acontecendo em nosso país. Já no período da tarde, o palco do teatro
foi ocupado pelas peças "A menina que queria ser estrela", de
Cachoeiro de Itapemirim, e "Um solo para três palhaços", de
Jundiaí SP. Outro espetáculo deste dia
foi "Emily", na Praça da Matriz, também de Cachoeiro.
O circo novamente tomou conta dos espaços teatrais com a
encenação de "Rei Mídias", no Teatro, de São Paulo; e depois
"Encontro", na Praça João Acacinho, também de São Paulo. Já a noite
foi da companhia "Arroto Cênico", com seu expressivo "Francisca,
uma casa enlutada".
Com uma sexta feira com tendência a chuva e ela não deixou
de cair, somente dois espetáculos foram apresentados, ambos preferidos pelo
júri popular: "Feio, o musical do patinho", de Mauá - SP; e "Um
minuto para dizer que te amo", de Tocantins. As companhias Artemis e
Artpalco levaram para suas respectivas cidades a preferência do público de
Guaçuí e região. Já a peça da peça que seria apresentada na rua foi transferida
para o Teatro Fernando Torres, no sábado à noite.
Com as premiações já definidas, o sábado e o domingo foram
reservados para os coletivos convidados. A tarde, o coletivo Guaçuí em Cena
apresentou o seu espetáculo "O menino que virou história", com bons
momentos de humor e talento. Em seguida,
já à noite, o Grupo Vira-Latas encenou "Quixotinadas", um mítico
encontro entre Lampião e Quixote. O encerramento foi com a solenidade de
premiação do festival.
Foi um grande encontro do teatro brasileiro, com muitas
trocas de informações, bons espetáculos, grandes reflexões e sobretudo uma
possibilidade enorme de disseminação de saberes com oficinas, debates,
exposições e abordagens profundas nas peças. Que venha a 20ª edição.
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