terça-feira, 7 de abril de 2020

GUAÇUÍ DE MUITAS HISTÓRIAS E SÍMBOLOS


A história do município de Guaçuí começa quando num lugar denominado Aldeamento, hoje localização do distrito de São Pedro de Rates, até princípios do século XIX, era domínio de tribos indígenas, os Puris (Botocudos). Eles eram ferozes e indomáveis, matavam os colonizadores e não permitiram durante um longo período de tempo que se ocupassem a região onde se encontra Guaçuí, pois para aqui se dirigiram  refugiando-se do avanço do invasor português. A fuga se deu também devido à expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, deixando desamparados os gentios.

A origem do nome
O nome Guaçuí tem origem indígena e, ao contrário do que muitos pensam e ensinam erroneamente, não significa “veado pequeno”. Há duas vertentes mais próximas da etmologia da palavra: segundo o estudo “Topônimos Capixaba”, de José Wlademiro Emery de Carvalho, significa “Rio Veado” ou “Águas do Veado”; já no livro “O incalistrado – Topônimos Capixabas de Origem Tupi”, de Samuel Machado Duarte, tem o significado “o Rio Grande” (Guassu-y), como se pronuncia.

Brasão
É de autoria do heraldista professor Arcinoé Antônio Peixoto, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, evoca a raça colonizadora e principal formadora da nacionalidade.
Suas torres representam uma cidade de segunda grandeza, ou seja, sede de comarca.
A cor azul é símbolo de justiça, nobreza, perseverança, zelo e lealdade.
A cruz de Lorena e o braço empunhando um punhal se constitui no símbolo de São Miguel Arcanjo.
As buzinas de caças, nas laterais, em estilo boaiadeiro, representam a pecuária.
O triplo mantel de jalde representa a Serra do Caparaó, centralizando o Pico da Bandeira.
A faixa ondada de blau  traz a significação do Rio Veado, que banha a cidade.
Nos ornamentos exteriores, veem-se o milho e o café, principais produtos oriundos de suas terras.
Na faixa vermelha, no listel de góles, centraliza o nome de Guaçuí com a frase que Cristo disse a Lázaro “Surge Et Ambula” (Levanta-te e anda), ladeado pela data de sua emancipação política em 25 de dezembro de 1928.

A Bandeira
Ela é esquartelada em cruz, lembrando nessa simbologia o espírito cristão de seu povo. O Brasão aplicado na bandeira representa o Governo Municipal. O losango branco representa a própria cidade - sede do município, com glória, esplendor e soberania. Já as faixas amarelas carregadas de sobrefaixas vermelhas representam a irradiação do poder municipal; e os quartéis de azul, simbolizam as propriedades rurais existentes no seu território, com a cor a indicar ainda justiça, nobreza, perseverança, zelo e lealdade.

O Hino
Traz as referências de sua formação étnica (o povo indígena), belezas naturais (fauna e flora), desenvolvimento agrícola (cafezais), suas riquezas minerais, a fé de seu povo e a vida bucólica de sua gente. A letra é do poeta e professor Antônio Carneiro Ribeiro, com música de Célia V. Ferraz de Oliveira.

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