quinta-feira, 13 de abril de 2017

SETE ESPETÁCULOS MARCAM O FESTIVAL DE SALTO – SP

Grupo capixaba encena “A absurda comédia de duas vidas” e recebem cinco importantes prêmios.
Durante três dias a cidade de Salto, em São Paulo, foi o ponto de encontro de sete companhias de teatro, oriundos de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, com apresentações nos mais variados estilos: de comédia infantil a contundentes dramas que revelam nuances escuras do sistema carcerário e do jogo de oprimido e opressor. Foi o 3º Festival Nacional de Teatro Carpe Diem, promovido pela STCA Produções, acontecido no período de 17 a 19 de março deste ano.
O festival começou com o Ateliê Casarão, com “Pernambuco em 4 Atos”, de Jundiaí – SP. Um monólogo que retrata o estado pernambucano do sertão ao litoral, que deu a Cláudio de Albuquerque o prêmio de Melhor Ator. Depois, à tarde, no belíssimo teatro da cidade – Sala Palma de Ouro, aconteceu “As aventuras de Peter Pan e Sininho”, da cidade de São Paulo, da Evoé Cia de Teatro. O clássico revisitado encantou a criançada. E encerrando o dia 17, a noite contou com “Nau dos loucos”, do Grupo de Teatro Pepitos, de Ribeirão Preto. O texto de Luiz Alberto de Abreu retrata aspectos da loucura.
A programação de sábado, dia 18, começou no Auditório “Maestro Gaó”, com o espetáculo capixaba “A absurda comédia de duas vidas”, que rendeu ao “Gota, Pó e Poeira” os prêmios de Melhor Texto Original, Melhor Sonoplastia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Maquiagem e Melhor Iluminação. A execução dos técnicos e a afinada relação dos mesmos com os atores foram fundamentais para os cinco prêmios.
Depois do grupo de Guaçuí, vieram três grandes espetáculos. O drama musicado “Vidas Secas”, de Mauá – SP, do Grupo Artemis de Teatro, deu uma nova roupagem ao clássico de Graciliano Ramos, com destaque para a sua excelente atriz vivendo Sinhá Vitória e a manipulação do boneco representando a cachorra Baleia.  No final da tarde, na Sala Giusepe Verdi, a Evoé Cia de Teatro, encenou o forte texto de Zé Vicente – O Assalto. Em belas interpretações, o espetáculo levou o prêmio de direção e cenografia.
Encerrando a noite de sábado, a Trupe Investigativa Arroto Cênico, de Nova Iguaçu, vencedora recentemente do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro pelo trabalho que desenvolve na baixada fluminense, mostrou o forte espetáculo “Borra”. Com um elenco homogêneo e texto inspirado em “Barrela”, de Plínio Marcos, o espetáculo foi o grande vencedor do festival, com seis importantes prêmios, incluindo de Melhor Elenco e Melhor Espetáculo.
O festival foi encerrado com a apresentação da comédia “Por que os homens mentem?”, da Cia Nósmesmos, de Itu – SP, inspirado em divertidas crônicas que retratam o universo masculino. E, logo em seguida, aconteceu a cerimônia de encerramento e premiação, quando Marcelo Santto, realizador do evento, também homenageou o ator e iluminador José Roberto Orlandini, daquela cidade paulista.

Os atores Edmar da Silva, Neuza de Souza, Ronilson Pires e Carlos Ola, todos do “Gota” aproveitaram a estada na cidade e visitaram a estátua de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade, que foi esculpida pelo artesão guaçuiense Antônio Francisco Moreira.


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