Grupo
capixaba encena “A absurda comédia de duas vidas” e recebem cinco importantes
prêmios.
Durante
três dias a cidade de Salto, em São Paulo, foi o ponto de encontro de sete
companhias de teatro, oriundos de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro,
com apresentações nos mais variados estilos: de comédia infantil a contundentes
dramas que revelam nuances escuras do sistema carcerário e do jogo de oprimido
e opressor. Foi o 3º Festival Nacional de Teatro Carpe Diem, promovido pela
STCA Produções, acontecido no período de 17 a 19 de março deste ano.
O festival
começou com o Ateliê Casarão, com “Pernambuco em 4 Atos”, de Jundiaí – SP. Um
monólogo que retrata o estado pernambucano do sertão ao litoral, que deu a
Cláudio de Albuquerque o prêmio de Melhor Ator. Depois, à tarde, no belíssimo
teatro da cidade – Sala Palma de Ouro, aconteceu “As aventuras de Peter Pan e
Sininho”, da cidade de São Paulo, da Evoé Cia de Teatro. O clássico revisitado
encantou a criançada. E encerrando o dia 17, a noite contou com “Nau dos
loucos”, do Grupo de Teatro Pepitos, de Ribeirão Preto. O texto de Luiz Alberto
de Abreu retrata aspectos da loucura.
A
programação de sábado, dia 18, começou no Auditório “Maestro Gaó”, com o
espetáculo capixaba “A absurda comédia de duas vidas”, que rendeu ao “Gota, Pó
e Poeira” os prêmios de Melhor Texto Original, Melhor Sonoplastia, Melhor
Trilha Sonora, Melhor Maquiagem e Melhor Iluminação. A execução dos técnicos e
a afinada relação dos mesmos com os atores foram fundamentais para os cinco
prêmios.
Depois do
grupo de Guaçuí, vieram três grandes espetáculos. O drama musicado “Vidas
Secas”, de Mauá – SP, do Grupo Artemis de Teatro, deu uma nova roupagem ao
clássico de Graciliano Ramos, com destaque para a sua excelente atriz vivendo
Sinhá Vitória e a manipulação do boneco representando a cachorra Baleia. No final da tarde, na Sala Giusepe Verdi, a
Evoé Cia de Teatro, encenou o forte texto de Zé Vicente – O Assalto. Em belas
interpretações, o espetáculo levou o prêmio de direção e cenografia.
Encerrando
a noite de sábado, a Trupe Investigativa Arroto Cênico, de Nova Iguaçu,
vencedora recentemente do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro pelo
trabalho que desenvolve na baixada fluminense, mostrou o forte espetáculo
“Borra”. Com um elenco homogêneo e texto inspirado em “Barrela”, de Plínio
Marcos, o espetáculo foi o grande vencedor do festival, com seis importantes
prêmios, incluindo de Melhor Elenco e Melhor Espetáculo.
O festival
foi encerrado com a apresentação da comédia “Por que os homens mentem?”, da Cia
Nósmesmos, de Itu – SP, inspirado em divertidas crônicas que retratam o
universo masculino. E, logo em seguida, aconteceu a cerimônia de encerramento e
premiação, quando Marcelo Santto, realizador do evento, também homenageou o
ator e iluminador José Roberto Orlandini, daquela cidade paulista.
Os atores
Edmar da Silva, Neuza de Souza, Ronilson Pires e Carlos Ola, todos do “Gota”
aproveitaram a estada na cidade e visitaram a estátua de Nossa Senhora do Monte
Serrat, padroeira da cidade, que foi esculpida pelo artesão guaçuiense Antônio
Francisco Moreira.
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