quarta-feira, 14 de abril de 2021

2021 - A CULTURA QUE NÃO PODE PARAR

 


Parece que o ano de 2020 ainda não acabou, pois quem esperava que os dias fossem melhores e que uma certa normalidade viesse nos amparar acabou se decepcionando. Os brasileiros não tiveram as suas eufóricas férias de verão; o carnaval não aconteceu; as aulas começaram e foram suspensas; as reprises invadem ainda as telas; e a programação cultural continua entravada com seus eventos cancelados, adiados, suspensos, restritos, virtuais... E os artistas sonham, assim como todos os que têm sede que as coisas melhorem, com a vacinação em massa.

Enquanto isso não ocorre, há uma luta pela prorrogação da Lei Aldir Blanc, uma importante conquista que veio em socorro à classe artística, e projetos – aprovados em 2020 – estão na lista de espera para acontecer, ou acontecendo timidamente. Conheça um pouco do que já aconteceu.


Exposições no Teatro Fernando Torres

No meio de tantas inseguranças, duas exposições tiveram oportunidade de serem mostradas por conta do edital nº 02/2020 da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes. A exposição “Pontuando Anjos e Arcanjos”, de João Batista Ferreira de Moraes ficou no final de fevereiro até o dia 08 de março na Galeria Zélia Viana de Aguiar, com mais de 16 trabalhos pintados em tecido, tela, telhas, e material de demolição. Algumas obras inéditas, originais e que mostram à procura do artista em diversas técnicas.


Na sequência, pouco antes de um novo lockdown, o artista plástico Henrique Macedo expõe na Galeria do Teatro a exposição “Retratos da Galeria Velasquez”, com seis importantes obras que mostram a beleza das mulheres e também da raça indígena. Em óleo sobre tela, os retratos são impactantes que demonstram a técnica do pintor. Vale a pena ainda conferir nestes últimos dias de exposição, com todos os protocolos sanitários exigidos neste momento.



A cultura dos povos tradicionais

O Centro Espírita São Jorge e Santa Bárbara, de Guaçuí, realizou no dia 28 de fevereiro, durante o dia, uma festa de louvor a Oxalá, Ogum e Oxum, dentro da proposta de preservação da cultura de matriz africana no município de Guaçuí, defendida pelo edital nº 02/2020, da Lei Aldir Blanc, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes.

Com participação de integrantes de Guaçuí e Alegre, a jornada atingiu seu proposto, podendo manter viva a tradição de louvar santos e orixás, muito comum no sincretismo religioso brasileiro, e ao mesmo tempo fazer a entronização de novos elementos dentro dos rituais do candomblé e da umbanda. A Lei Aldir Blanc possibilitou essa realização, fomentando e divulgando as religiões de etnia negra e sincrética.



Nasce um novo espetáculo teatral

Com direção de Ribamar Ribeiro, do Rio de Janeiro,  com sete atores no palco e dois na técnica, vai estrear em maio o novo trabalho do Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira, dentro do edital de Artes Integradas da Secretaria de Estado da Cultura – Secult – ES. É um projeto de residência artística e trouxe a Guaçuí um importante diretor do cenário nacional.

O espetáculo Os Sacrilégios do Amor é baseado nos contos de Nelson Rodrigues “A vida como ela é” e foi montado em etapas virtuais e presenciais (estas no feriado de carnaval), exigindo grande disciplina dos atores: Aline Saraiva, Eliane Correia, Jacimar Henrique, Kaio Serafim, Lucas Almeida, Neuza de Souza e Ronny Pires.

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Na semana que vem, mais fatos culturais de nossa cidade: teatro, poesia, música, e cultura tradicional.

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